Protagonista

Disfarço minhas doresEm versos-sorrisos,Para que a pena -Que cabe ao pássaro -Não grude em mim.Nunca fui das vítimas,Sou autora do delito,Meliante militante, Dona de cicatrizes Criteriosamente catalogadas.Minhas angústias, neuroses, conflitos,Confio à santa medicina,Filha da santa ciência,Sempre misericordiosaCom pecadores como eu -Ao preço vil da indústria farmacêutica,É verdade.Quem sou eu para julgar,Se o benefício me convém?FelicidadeContinuar lendo “Protagonista”

Ser no infinitivo

Ser criança é apontar estrelas e esperar verrugas. É engolir chiclete, caroço de azeitona e choro. É pedir cosquinhas de novo, de novo, de novo… “Agora chega!” “Não! Por favor! Só mais cinco minutinhos!” É pedir cinco minutinhos a cada cinco minutinhos. Ser criança é sonhar o tempo todo acordado. É falar com anjos eContinuar lendo “Ser no infinitivo”

CONFISSÕES DE UMA ALMA ATORMENTADA

Tenho mantido certa distância de tudo. De tanto ser julgada, aprendi a não julgar. O que não me tira o senso crítico. Às vezes teço comentários querendo, na verdade, uma opinião sobre minhas próprias opiniões. Noutro dia resolvi dar palpite. Fui duramente castigada. Que raios eu tenho a ver com a vida alheia? Logo euContinuar lendo “CONFISSÕES DE UMA ALMA ATORMENTADA”