Tenho mantido certa distância de tudo. De tanto ser julgada, aprendi a não julgar. O que não me tira o senso crítico. Às vezes teço comentários querendo, na verdade, uma opinião sobre minhas próprias opiniões. Noutro dia resolvi dar palpite. Fui duramente castigada. Que raios eu tenho a ver com a vida alheia? Logo euContinuar lendo “CONFISSÕES DE UMA ALMA ATORMENTADA”
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O INQUILINO E O REMORSO
Remorso. Palavrinha incômoda, assim como o sentimento que denota: “reprovação da consciência que sente haver cometido uma falta”. Ela, sempre ela: a consciência, que Mafalda sabiamente apelidou de “inquilino interior”. Lembro-me de um dia, eu ainda criança, aluna de um tradicional colégio de freiras do Rio de Janeiro, quando a professora de religião ensinou: “pecadoContinuar lendo “O INQUILINO E O REMORSO”
Voo
Escrevo para pedir que jamais duvide de minha sinceridade, pois a única dúvida que sempre houve entre nós foi você. Você, que não me tratou como mais uma, por isso cortou minhas asas e me extirpou a possibilidade de conhecer outros céus, aprisionando-me ao seu. Você, que fingiu me proteger para resguardar a si mesmo e se afastouContinuar lendo “Voo”
A ANGÚSTIA RUSSA
E, afinal, o que é essa maldita angústia que martela no peito à espreita de uma tragédia? Não é ansiedade, nem depressão, nem tristeza: simplesmente, angústia. Então o médico me perguntou: “Mas como é isso?” Ora, doutor, com todo respeito, se o senhor não sabe – especialista que é -, como eu vou saber? AContinuar lendo “A ANGÚSTIA RUSSA”